terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Primavera

A Primavera é a minha estação do ano favorita. Para mim tanto ela como o Outono representam o equilíbrio, enquanto que o Verão e o Inverno representam extremos. Como que o equilíbrio é essencial à minha felicidade prefiro-o.
Gosto de Primavera também porque é um símbolo de regeneração e renascimento da Natureza. É nessa estação que o sol regressa, por isso ajuda a matar saudades do bom tempo. Existe também a chuva, que eu adoro, a sua junção com a luz do sol forma arco-íris e ajudam ao crescimento das plantas, e por isso também dos animais.
Na Primavera as abelhas voam por todo o lado, sempre de flor em flor. E cada flor tem uma cor mais bonita que a outra. E cada cor tem a sua alegria e a sua vida. Por isso a Primavera é também a estação da vida.
Claro que eu gosto de todas as estações do ano. Cada uma tem a sua beleza e todas são essenciais ao tal equilíbrio que preciso.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nós não somos nem a mente nem o corpo... nós observamos ambos

Todas as pessoas querem entender o Mundo. Mas… a maioria das pessoas permanece de olhos fechados. Correndo, desorientadas, e ás apalpadelas, em busca de uma luz no meio da sua própria cegueira.
Chegou então o momento de parar. Chegou a altura de por fim à desorientação. E, devagar, nos irmos afastando e abrindo os olhos.
A luz está mesmo à nossa frente… não é preciso procurar, basta encontrar.

Um dia vais dar por ti a falar demasiado, em busca do bem-estar e do divertimento. Mas essa alegria é apenas momentânea.
Experimenta para de falar e escutar o silêncio. Nele vais encontrar toda a ventura… e também muita Paz.
Com os pensamentos passa-se a mesma coisa: Ás vezes é preciso silenciar mente para nós encontramos:
Tal como Albert Einstein: “Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio… e eis que a verdade se me revela.”

O pensamento é importante, mas nós não somos nem a mente nem o corpo, nós observamos ambos. Por isso, certas respostas não podem ser adquiridas através do pensamento, mas sim através da observação deste. :)

terça-feira, 8 de março de 2011

Frase do dia...

Cada vez acho mais que o mundo devia ser um lugar mais lento e calmo. As pessoas deviam abrandar e olhar em volta. Não me conformo com este ritmo acelerado em que nem podemos respirar e ter, uma vez na vida, um minuto de Paz.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O mundo visto aos meus olhos

Eram Meados de Março, mas já se sentia o aroma da Primavera, que este ano chegara adiantada. Estava uma linda manha, o sol nascia a Este e iluminava toda a colina. As folhas brilhavam com o orvalho…
Setada no meu velho baloiço, que de tão velho já chiava ao sabor do meu baloiçar, perguntava para mim mesma: “Quem és tu?”, “És feliz?”, “O que é a Felicidade ao certo?” Mas as respostas, por muito que pensasse nelas, não surgiam.
Passado já algum tempo desse meu jogo de pensamentos, quando despertei para a vida, reparei nas horas que eram. Levantei-me e corri até casa onde a minha mãe, de mãos nas ancas, me esperava. Lá ia eu levar um sermão por ter saído de casa tão cedo:
“Filha! Tu és sempre a mesma coisa! Não podes sair assim de casa sem avisar ninguém. Estava a ficar preocupadíssima contigo! Acorda para a vida e vai-te preparar para a escola! Ai filha, não sei o que fazer contigo… Vá-se lá perceber-te! Agora vai mas é arranjar-te que depois chegas tare!”
Depois de escutar aquele sermão, fui para a escola. Sentei-me secretamente numa das filas de trás e comecei a escrever o meu pequeno diário de pensamentos:

“Dia 3 de Março.
Os meus dilemas ainda não foram esclarecidos. Não entendo o significado da palavra Felicidade, nem sei se algum dia vou entender.
Não paro de procurar e procurar… Penso e penso cada vez nada mas nada descubro. O que devo fazer agora?

A minha mãe hoje deu-me outro sermão. Ela não entende o porquê de eu gostar tanto da velha colina. Apenas posso dizer que gosto dela porque é completamente natural, cheia de vida, e especialmente porque retrata o mundo visto aos meus olhos: Simples e maravilhoso. Eu gosto da colina porque ela não é especial, por isso, para mim, ela não é diferente do mundo.”

Após a escola, corri para casa. A minha mãe não estava, mas deixou um bilhete a dizer que tinha ido às compras. Isso para mim queria dizer que podia voltar à colina, pelo menos por mais meia hora.
Quando lá cheguei deitei-me na relva fresca e fiquei a ver as nuvens passar. Não pensei em nada, não procurei respostas. Mas encontrei-as! Pequei no meu diário e continuei:

“Aqui e agora, deitada no chão, encontrei as respostas que procurava. E mais importante que isso, compreendi que para obter certas respostas não devo procurar e procurar, simplesmente há que encontrar.
Basta-me a consciência. Basta transformar-me numa observadora para tudo fazer sentido. E então, a vida é bela”

Quando acabei de escrever achei que estava na hora de voltar para casa. E lá me pus a caminho, mas desta vez fui cheia de Paz.
A minha mãe estava, como de costume, há minha espera. Mas desta vez não se chateou nada, estava demasiado ocupada a fazer o jantar. Eu não a interrompi e fui logo para o meu quanto tratar de umas coisas da escola.
Passado algum tempo fui jantar e contei a minha mãe o que tinha aprendido. Mas ela não ficou muito contente e também não ligou muito. Começou a falar sobre um piquenique que queria fazer com uns amigos. Eu gostei da ideia e decidi-me a ajuda-la com o projecto. Dei-lhe algumas ideias e falamos muito sobre isso. Eu mal podia esperar para ver como ia correr.
Escrevi então no meu diário:

“Sinto-me mais próxima da minha mãe. A ideia do piquenique foi muito boa e vai ser muito divertido.
Quem sabe até posso fazer um pequeno discurso para as pessoas ouvirem. Podia falar sobre a colina, já que o piquenique vai ser lá, e contar o que aprendi lá. Quero que todos sintam a Felicidade que sinto! Quero que todos se tornem mais conscientes.”

Chegou então o esperado dia. Fazia sol, o céu era azul e uma brisa agradável trazia mesmo a vontade de estar ao ar livre.
A minha mãe estendeu umas toalhas vermelhas à sombra. Os cestos do piquenique ficaram todos encostados ás árvores. Todos pareciam estar bem dispostos, e a alegria era contagiante.
Todos se sentaram na relva e começaram o delicioso banquete. Haviam tartes de todas as frutas, sumos fresquinhos, saladas, sandes e muitas outras coisas saborosas. Todos se estavam a divertir imenso, convivendo e partilhando histórias.
Eu sentei-me mo meu baloiço trincando uma maçã. Aquela maçã para mim era tão importante como aquela colina: cheia de vida, tão natural. Era tão fantástica como o resto do mundo, e era ai que estava a Felicidade, mesmo há minha frente: Apreciar as coisas simples da vida. Percebi então como tinha sido tão tonta a tentar encontrar algo que já há muito estava comigo. E então… sorri…
Corri para junto das toalhas do piquenique e pedi a atenção de todos. Depois relatei tudo aquilo que tinha acabado de descobrir, e as caras das pessoas cobriram-se com o sentimento de admiração, o silêncio encheu os ares durante algum tempo, e até a cara da minha mãe, que no fim me disse com orgulho que era a primeira vez em muitos anos que ela realmente me ouvira e respeitava, depois abraçou-me a chorar e prometeu dar-me mais atenção e escutar cada uma das minhas palavras com admiração.
Já o Sol se desfazia em tons de laranja e vermelho, e todos já tinham terminado o piquenique, as pessoas pararam de falar e de arrumar as toalhas para olhar o magnifico pôr-do-sol. E até acho que foi o momento mais bonito do dia, em que todas aquelas pessoas pararam pelo menos uma vez na vida. E pararam para observar o Mundo, que visto aos meus olhos e agora também ao delas, é maravilhoso e simples.
Nessa mesma noite, escrevi no meu diário a data desse dia e nada mais. Agora tinha a certeza de quem era, por isso não precisava de escrever mais nada. E sabia que isso iria ser recordado para o resto da minha vida. Então… adormeci feliz.